Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
O psicanalista Carl Jung dizia que a sua linguagem devia ser ambígua e de duplo sentido, porque só assim faria justiça à nossa natureza psíquica. Para ele, a união de elementos que habitualmente estão em oposição, sobretudo o inconsciente e o consciente, seria a única forma de conseguir chegar a uma nova atitude. O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro faz notar que, aquilo que para um ocidental pode aparentar ser uma série de elementos contraditórios, para os indígenas brasileiros pode ser um conjunto de elementos perfeitamente conjugados e que se apresentam fazendo absoluto sentido, podendo mesmo constituir algumas das características basilares dos povos originários. As alegadas interferências das redes sociais em processos eleitorais recentes fazem-nos concluir que os media ‘saudáveis’ são aqueles que não apresentam apenas um ponto de vista e sim vários, de preferência em oposição. O professor de ética Jonathan Haidt preocupa-se com o futuro dos seus alunos, que diz estarem encerrados em bolhas politicamente correctas, e aconselha-os a percorrerem mundo para serem capazes de contradição e oposição, que são elementos constitutivos da própria natureza do mundo. Uma educação para a cidadania será uma educação para a multiplicidade e para a contradição? Educação para o susto?
Ficha Artística
Direcção artística e interpretação de Vera Mantero
RUMO DO FUMO
Co-apresentação: TRANSBORDA / CASA DA DANÇA
Direcção artística e interpretação Vera Mantero
Co-criação e interpretação Henrique Furtado Vieira, Paulo Quedas, Teresa Silva, Vera Mantero
Desenho de luz Leticia Skrycky
Criação sonora e interpretação João Bento
Cenografia e adereços João Ferro Martins
Figurinos e adereços Marisa Escaleira
Assistência Vera Santos
Participação na pesquisa Vânia Rovisco
Textos Henrique Furtado Vieira, Paulo Quedas, Teresa Silva e Vera Mantero
Informações Adicionais
Descontos para menores 25 e maiores de 65 disponiveis na bilheteira do TMJB