Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
A recente crise dos refugiados, que procuram no território europeu uma forma de escapar aos conflitos que dilaceram os seus países de origem, acabou por trazer ao de cima algumas fricções latentes na União Europeia nomeadamente entre aqueles que se prestam a receber quem foge da guerra e os que constroem muros para deter as populações em fuga. Enquanto jornalista da Radio France, Matéi Visniec contactou de perto (desde a Selva de Calais aos campos de refugiados nas ilhas gregas) com a realidade dos que estão dispostos a arriscar a vida para poder viver. A sua mais recente peça (uma estreia absoluta no nosso País) lança o debate sobre um tema que urge debater e solucionar. É também no discurso anti-refugiados que os partidos de extrema-direita europeus têm baseado os seus discursos e colhido proveitos.
Ficha Artística
de Matéi Visniec
encenação de Rodrigo Francisco
Intérpretes Adriano Carvalho, Elias Nazaré, João Cabral, João Tempera, Maria Frade, Maria João Falcão, Rui Silva, Sofia Marques e Tânia Guerreiro
Figurinos Ana Paula Rocha
Movimento Francesca Bertozzi
Luz Guilherme Frazão
Som Miguel Laureano
Informações Adicionais
No próximo Sábado, dia 13 de Maio, decorre no foyer do TMJB aquela que será a última Conversa com o público de um ciclo de três que dedicámos à temática dos refugiados. Nesse dia teremos connosco Pedro Calado, a figura que tutela o instituto público responsável pelo desenho e pela implementação de políticas públicas na área das migrações (o Alto Comissariado para as Migrações) e que, nessa qualidade, não deixará de reflectir sobre a resposta que está a ser dada à actual crise a nível local, nacional e europeu. No próximo Sábado também estarão presentes João Couvaneiro, cuja visão sobre o problema se revela particularmente influenciada pela sua formação em História e pela sua experiência de voluntariado na Hungria, em 2015; o professor e geógrafo Jorge Malheiros, que se pronunciará sobre o impacto dos movimentos migratórios na sociedade portuguesa e sobre as dinâmicas da integração e da exclusão; e, finalmente, Nour Machlah, um estudante sírio que aceitou partilhar connosco a sua história. Deste modo, revisitamos um dos epicentros da crise (a Síria e a sua guerra civil) e confrontamos dois casos antagónicos no que diz respeito ao acolhimento de migrantes: Portugal e a Hungria. Com 1271 refugiados recolocados até ao final de Abril de 2017, o nosso País é o quinto estado-membro da União Europeia com mais acolhimentos registados. Mas por que razão cerca de um terço já tentou trocar Portugal pelo seu destino de sonho na Europa do Norte?