Promotor
        Teatro Municipal Joaquim Benite
        
        Breve Introdução
        O drama social e familiar por que passa Willy Loman não é culpa da sua bizarria, excentricidade ou incompetência. É fruto daquilo a que se chama efeitos colaterais. Ao perder o emprego  embora cheio de vontade de trabalhar  Willy dá conta de um outro mundo que passa por si e não se detém à sua espera. Willy (o homem) vê-se dispensado desse mundo que o transforma num outro Willy (o número). Mas qual a culpa de Willy? A sua falta de competitividade? A sua desadequação face ao presente? Nesta peça, que decorre  diz o Autor  na América do final dos anos 40 do século passado, ficamos com a amarga sensação de nos termos cruzado ainda ontem com personagens semelhantes. Ficamos, também, com a sensação, ainda mais amarga, de que esse não terá sido o nosso derradeiro encontro com as histórias que elas encerram. As coisas mudam, diz David Mamet na adaptação para cinema que fez deste texto, em 1988. Como nos apeteceria, muitas vezes, que muitas das mudanças se ficassem somente pelo cinema ou pelo teatro. Mas aí estaríamos a negar a função destas formas de arte e a capacidade que têm de nos devolver o real para que o possamos questionar. É por isso que continuamos a ir ao cinema e ao teatro. É por isso que aceitamos esta espécie de indistinção entre ficção e realidade. E é também por isso que admitimos que Willy Loman possa, eventualmente, estar sentado ao nosso lado.  Carlos Pimenta
        
        Ficha Artística
        texto de Arthur Miller
encenação de Carlos Pimenta
nterpretação Beatriz Godinho, Diogo Branco, Diogo Freitas, Ivo Alexandre, João Farraia, João Tempera, Lígia Roque, Luís Vieira Gaspar, Pedro Walter, Sofia Marques e Tiago Sarmento
Tradução Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho
Cenografia João Pedro Fonseca
Figurinos José António Tenente
Desenho de luz Rui Monteiro
        
        Informações Adicionais
        CONVERSAS COM O PÚBLICO: 14, 21 E 28 DE ABRIL E 05 DE MAIO ÀS 18H