Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Nem come nem deixa comer é uma expressão espanhola que se aplica ao cão do hortelão isto é, ao animal que não permite que os outros comam a colheita, ao mesmo tempo que nem ele próprio a come. É sobre esta simples ideia que Lope de Vega (1562-1635) constrói a sua comédia de enredo mais famosa: O cão do hortelão. E foi sobre este texto que realizámos uma leitura feminista e liberal, navegando entre a comédia trepidante e a melancolia metafísica.
Com uma trama simples e eficaz, Lope de Vega tece jogos de equívocos, ciúmes e invejas. Porém, sob esta aparente simplicidade, oculta-se igualmente uma reflexão profunda e dolorosa: será que somos capazes de amar sem nos cansarmos do objecto do nosso amor? Será que no trabalho, no amor, ou na riqueza, desejamos sempre aos outros mais do que a nós próprios? Na nossa versão do texto, os versos do Siglo de Oro dão-nos uma versão furibunda e contraditória do amor. Mas ao mesmo tempo manifestam um doloroso sentido de perda e de agitação, uma vez que os sentimentos amorosos são indecifráveis e misteriosos. (Ignacio García e José Gabriel López Antuñano)
Ficha Artística
Texto de Lope de Vega
Encenação Ignacio García
Tradução Nuno Júdice
Adaptação e dramaturgia José Gabriel Antuñano
Cenografia José Manuel Castanheira
Figurinos Ana Paula Rocha
Luz Guilherme Frazão
Voz Luís Madureira
Movimento Miguel Ramalho
Intérpretes Ana Cris, David Pereira Bastos, Diogo Bach, Leonor Alecrim, Margarida Vila-Nova, Teresa Gafeira e Vera Santana
Interpretação musical Marco Oliveira
Assistente de encenação Paulo Mendes
Confecção de figurinos Iza van Gallery
Concepção e execução de estruturas de figurinos Sónia Marques e Xana Capela
Assistência de cenografia Carlota Mendes (estagiária)
Espectáculo inserido no âmbito da Mostra de Espanha 2021
Apoio da Sociedade Portuguesa de Autores
Preços